O governo decidiu aumentar a proposta de reajuste salarial para os técnicos-administrativos de universidades e institutos federais, em greve há dois meses.
Além do reajuste de 15,8% para a categoria --anunciado semana passada-- dividido entre os próximos três anos, o Ministério do Planejamento apresentou nesta quarta-feira novos índices para evolução na carreira e incentivo à qualificação dos servidores da categoria.
Assim, um técnico com graduação que fizer especialização receberá um adicional no
contracheque maior do que recebe atualmente. A oferta inicial tinha uma despesa estimada em R$ 1,7 bilhão. A segunda proposta elevou o impacto nos cofres públicos para R$ 2,9 bilhões. "É a oferta final", afirmou o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça. Representantes da categoria não deram uma resposta à oferta, mas não se mostraram totalmente satisfeitos.
"Alguns avanços aconteceram, mas entendemos que o reajuste pode ser melhorado. Isso não atende os anseios da categoria ainda", disse Gutenberg de Almeida, coordenador-geral do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
Uma nova reunião está marcada para amanhã. O encontro de hoje durou pouco mais de quatro horas.
Mais cedo, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou que esperava uma boa resposta da categoria. "Nós estamos otimistas. (...) Concluindo o acordo com os técnicos, as universidades deverão preparar o calendário de reposição das aulas".
Docentes de universidades federais estão em greve há quase três meses. Os professores já receberam uma proposta do governo, mas insatisfeitos com a oferta, decidiram manter a paralisação.
O Ministério do Planejamento firmou acordo com o Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior), entidade que aceitou a oferta do governo. "É o acordo que vai para o Congresso Nacional", reforçou Mercadante sobre o fim das negociações com a categoria.
Fonte: Folha de São Paulo15/08/2012