A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) convocou para esta quarta-feira (11), um dia de paralisação nacional com manifestação em Brasília\DF. Também foram realizados, paralisações parciais ou totais nas redes estaduais e municipais nos estados Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Pará, Tocantins e Goiás.
Confira os informes
Dia de mobilização em Brasília é marcado por manifestação e audiência pública
Em Brasília a mobilização convocada pela CNTE contou a presença de cerca de mil pessoas. O dirigente da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, esteve presente na manifestação levando o apoio e solidariedade da Central aos professores. A Anel também participou do ato representada por Clara Saraiva.
Às 14h30 houve uma Audiência Pública convocada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados que está analisando o Plano Nacional de Educação. Estavam representados a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), o CONSED (Conselho Nacional de Secretários de Educação), o coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o conselheiro do movimento Todos pela Educação, além da CNTE, por seu presidente.
A maior parte das intervenções foi em apoio ao PNE. As críticas, pontualmente apresentadas, foram todas no marco do apoio mais geral ao Plano.
O novo PNE mantém a meta dos 7% do PIB na educação, porém nem sequer essa quantia, que já seria insuficiente, vai ser repassada pelo governo. O antigo PNE de 2001-2010 também previa os 7%, e dizia que para isso seria preciso aumentar 0,5% ao ano durante o governo Lula.
Além disso, o novo PNE transforma as últimas políticas educacionais implementadas pela governo Lula (metas do REUNI, ENEM, SINAES-ENADE, ensino à distância, PROUNI e PRONATEC) em uma verdadeira política de estado, sistematizando tudo pela primeira vez num único documento.
Nesse sentido, têm-se iniciado uma articulação entre as entidades vinculadas ao movimento de educação para organizar nacionalmente uma campanha contra o novo PNE do governo Dilma e pelo imediato investimento de 10% do PIB na educação, partindo da denúncia do recente corte de R$3,1 bilhões.
A CSP Conlutas e a ANEL enviaram representantes a essa audiência especialmente com esse intuito.
E, a partir disso, queremos convidar todas as entidades a participar da reunião que vai acontecer no dia 26 de maio em Brasília para avançar nessa articulação.
Com informações de Clara Saraiva, da Executiva Nacional da ANEL
Mobilizações pelo país
Em Santa Catarina, assembleia reúne mais de 7 mil professores define greve para 18 de maio
Os trabalhadores em Educação decidiram entrar em greve a partir do dia 18 de maio até que o Governo Colombo apresente uma proposta de aplicação efetiva do Piso Nacional em Santa Catarina como vencimento básico. A decisão foi unânime e tomada em assembleia estadual, realizada neste 11 de maio como parte do dia nacional de mobilização convocado pela CNTE, que reuniu mais de 7 mil profissionais do magistério. A categoria encaminhou também aulas de 30 minutos nos dias 12 e 13 de maio (5ª e 6 ª feira) e 16 e 17 de maio (2ª e 3ª feira), e conversas com a comunidade escolar para esclarecer sobre os motivos da greve. A assembleia estadual do SINTE/SC aconteceu no Centro de Convenções, em Florianópolis.
Após a assembleia, os trabalhadores em Educação munidos de faixas, cartazes, bandeiras, apitos e carro de som tomaram as ruas de Florianópolis, houve um principio de tumulto, pois policiais militares tentaram impedir a saída do carro de som e dos trabalhadores, ainda assim foi realizada a caminhada e os trabalhadores presentes assumiram o compromisso de retornarem as suas regionais e encaminharem as deliberações da assembleia estadual.
Com informações do Sinte-SC ( Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública do Estado de Santa Catarina)
No Piauí, houve paralisação em todo o Estado, com adesão de cerca de 80% dos professores estaduais
Entidades sindicais, os movimentos estudantil e popular foram às ruas para participar do dia nacional de mobilização pelo Piso salarial do magistério incorporado ao vencimento e cobrar o cumprimento da decisão do STF sobre ADI 4.167. O SINDSERM/THE (Sindicato dos servidores públicos municipais), em greve desde 28 de abril, organizou a atividade que contou com a participação da ANEL, da ENECOS, da ADCESPI, que iniciará sua greve no dia 12 de maio. Também participaram do ato a Oposição dos professores da rede estadual Educação Conlutas, a Intersindical,o Movimento Mulheres em Luta, a CSP-Conlutas, e SINPOLPI, categoria dos policiais civis que também encontram-se em greve pelo cumprimento do acordo da campanha salarial de 2010.
“Foi um dia muito importante, pois ampliamos o debate sobre as necessidades da classe trabalhadora, conversamos com a sociedade, além da solidariedade de classe praticada, ao unificar as categorias em greve numa só manifestação”, ressaltou Délio Soares, presidente do SINDSERM.
Com informações de Joaquim Monteiro – assessoria de comunicação SINDSERM
Paraíba
Na Paraíba a maioria das escolas municipais aderiram a paralisação nacional, os servidores de Bayeux, junto com o sindicato o SINTRAMB, além da paralisação participaram de uma sessão especial na câmara para discutir o piso; Em Santa Rita o SINFESA realizou um debate sobre o piso com a categoria na sede do sindicato, outros municípios apenas se limitaram a suspender as aulas.
Os trabalhadores em educação do estado, em greve desde o dia 02 de maio, realizaram assembléia de greve no dia 11, e decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado mediante a recusa do governador em pagar o piso nacional e atender a pauta de reivindicações da categoria.
Logo após a assembléia a categoria saiu em passeata pelas ruas do centro de João Pessoa culminando em frente ao palácio do governo, onde a direção do SINTEP tentou forçar uma conversa com o governador, mas o mesmo não estava e nem o secretário de educação.
Com informações de Lissandro Saraiva; OPOSIÇÃO SINTEP
Deu na grande imprensa: informe de outros estados
Segundo informações da folha Online, desta quinta-feira, no Paraná, os 85 mil professores da rede estadual encerraram o dia letivo às 10h e 28 municípios, houve adesão da rede municipal.
No Rio Grande do Sul, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação estima que cerca de 70% das escolas estaduais aderiram à paralisação.
No Espírito Santo, professores das redes municipais de Vitória e Serra pararam hoje. Em Vila Velha, Cariacica e Guarapari, os educadores estão em greve desde o início do mês.
Em Goiás, cerca de 20% das 1.095 escolas estaduais não tiveram aula. Em Goiânia, cerca de metade das escolas fecharam. Pela manhã, houve uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça, em que os professores pediram reajuste de salários. As informações são da Secretaria Estadual de Educação.
No Maranhão, onde os professores estaduais estão em greve há mais de 70 dias, foi organizada uma caminhada na região central de São Luís para marcar o dia de paralisação nacional. O sindicato dos trabalhadores da educação disse que os dias parados estão sendo descontados dos salários dos professores. Eles reivindicam a aprovação do Estatuto do Educador e a desistência da ação judicial contra o sindicato, além do pagamento do piso nacional.
No Rio Grande do Norte, o sindicato da categoria afirma que 100% dos professores da rede municipal do Estado interromperam as atividades hoje. Na rede estadual, 93% dos professores estão em greve desde o dia 2 de maio.
No Pará, o Sintepp (sindicato dos trabalhadores em educação pública) estima que 1.300 escolas tenham ficado sem aulas –dessas, 900 são da rede estadual. Para a Secretaria de Educação, o número foi menor: 425 escolas estaduais pararam, a maioria delas (250) na região metropolitana de Belém.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO SINTESUF/INTERPB DA UFCG{jcomments on}